domingo, 10 de abril de 2011

o velho sertão na bandas da gameleira















História
A palavra Sertão tem origem durante a colonização do Brasil pelos portugueses. Ao saírem do litoral brasileiro e se interiorizarem, perceberam uma grande diferença climática nessa região semi-árida. Por isso a chamavam de "desertão", ocasionado pelo clima quente e seco. Logo, essa denominação foi sendo entendida como "de sertão", ficando apenas a palavra Sertão.
O primeiro processo do país de interiorização ocorreu nessa região, entre os séculos XVI e XVII, com o deslocamento da criação de gado do litoral, devido à pressão exercida pela expansão da lavoura de cana-de-açúcar, que era o principal produto de exportação da economia colonial. A área foi conquistada por povoadores com escassos recursos e o desenvolvimento da pecuária possibilitou o desbravamento nos sertões. Os caminhos de boiadas assim criados permitiram a articulação e o intercâmbio entre o litoral nordestino e o interior, dando origem a diversas cidades. O rio São Francisco constituiu uma via natural de entrada para o Sertão, ampliando a extensão da área envolvida nessas trocas.
Chuvas
O Sertão é a sub-região que apresenta o menor índice pluviométrico de todo o país.[2] A escassez e a distribuição irregular das chuvas nessa área devem-se, sobretudo, à dinâmica das massas de ar e, também à influência do relevo.
Entre os meses de outubro e março podem, ocasionalmente, ocorrer chuvas nas demais áreas do Sertão provocadas pela ação de frentes frias polares que atingem o Sudeste. Já a ocorrência de chuvas nas demais áreas do Sertão está associada, basicamente, aos ventos alísios que sopram do Hemisfério Norte.[3] Quando são mais intensos, esses ventos provocam chuvas no Sertão, principalmente entre os meses de março e maio.
Seca
Na maior parte do Sertão, as chuvas geralmente ocorrem entre os meses de dezembro e abril.[4][5] Porém em certos anos, não ocorrem precipitações nesse período e a estiagem pode de prolongar dando origem às secas.
A ocorrência das secas está diretamente relacionada ao fenômeno do aquecimento das águas do Oceano Pacífico,[5] nas proximidades da costa oeste da América do Sul, denominado El Niño. Esse aquecimento do Pacífico ocorre em períodos irregulares de três a sete anos,[5] interferindo na circulação dos ventos em escala global, e conseqüentemente, na distribuição das chuvas no Sertão nordestino.
As secas acarretam grandes prejuízos aos proprietários rurais, que perdem suas lavouras e criações, e à população em geral, que sofre com a falta de alimentos e água potável nessa sub-região do Nordeste.
A área atingida pela seca equivale a três vezes o estado de São Paulo[carece de fontes].
As chuvas esporádicas e o auxílio emergencial não podem fazer esquecer a necessidade de se criarem alternativas eficazes para combater o problema.
A seca é uma tragédia cíclica. A fome e o abandono do sertanejo são permanentes.
Uma cisterna com capacidade para 15 mil litros custa cerca de R$ 1,8 mil e pode abastecer uma família de cinco pessoas por sete a oito meses de estiagem[6].

Petrolina, no sertão brasileiro, é a maior cidade da Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro. A RIDE Petrolina e Juazeiro é a maior exportadora de frutas[7] e o segundo maior pólo vitivinicultor do Brasil[8] graças aos projetos de irrigação, que estão em forte expansão nesta zona geográfica.
Polígono das Secas
Com o propósito de facilitar ações para combater as secas e amenizar os seus efeitos sobre a população sertaneja, o governo federal delimitou em 1951,[5][9][10] o chamado Polígono das Secas.
Inicialmente o Polígono abrangia cerca de 950.000 km²,[5] estendendo-se pelas áreas de clima semi-árido. Entretanto, após a ocorrência de grandes secas, a área do Polígono foi ampliada, alcançando parte do estado de Minas Gerais, também atingido pelas estiagens.
Diversos órgão do governo são responsáveis pelo combate às secas, especialmente o DNOCS (Departamento de Nacional de Obras Contra as Secas), que coordena programas de irrigação, construção de poços artesianos e açudes, bem como outras funções, visando amenizar os problemas da população.
Caatinga
A Caatinga é a vegetação predominante em todo Sertão e em parte do Agreste. Ela ocupa as áreas de clima semi-árido, resistindo às secas através de adaptações naturais.

Centros urbanos
O seu maior pólo geopolítico e civilizacional fica na sua parte mais setentrional e costeira, e é a única capital que sedia dentre as nove da região, ou seja, Fortaleza (uma das 100 maiores metrópoles litorâneas do mundo).O sertão também conta com O O O   importantes cidades pólos e centros urbanos que exercem significativa influência na região tais como: Petrolina, Serra Talhada, Arcoverde e Araripina em Pernambuco; Patos, Sousa e Cajazeiras na Paraíba; Vitória da Conquista, Juazeiro, Jequié, Barreiras, Paulo Afonso e Jacobina na Bahia; Juazeiro do Norte, Sobral, Icó e Crato no Ceará; e Mossoró e Caicó no Rio Grande do Norte. Os únicos estados sertanejos que não possuem pólos notáveis são SE e AL, justamente onde o sertão atinge suas menores áreas e populações dentro de estados nordestinos.
Cultura
O sertão compete com a Zona da Mata pelos melhores carnavais da região, enquanto a zona da mata possui os maiores. O mesmo ocorre com o São João, já que o Agreste possui os maiores, porém o sertão compete com muitos dos melhores festivais, dentre os quais se destacam o de Patos, Mossoró, etc. No litoral semi-árido também encontramos a cultura do jangadeiro setentrional, tido como o arquétipo do cearense, mas que não reflete tanto o sertanejo meridional, sem litoral. A base etnológica do Sertão varia com latitude e longitude, mas no geral tende a ser mais ameríndia e europóide que a média da zona da Mata centro-meridional, meio-norte setentrional, etc. O sertão por ser a zona geográfica mais extensa, mesmo que não a mais povoada, mas já ter sido talvez a mais populosa em meados do século XVIII e XIX, tende a ser visto como a síntese do Nordeste pelos não-nordestinos, mesmo quando o Nordeste apresenta tamanho grau de heterogeneidade que possa inclusive ser chamado de os "Nordestes". O principal ritmo nativo do Sertão é o forró. Já o genero não-sertanejo mais apreciado no sertão é a música sertaneja do interior do Centro-Sul ocidental.

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